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Toda vez que se fala de grandes obras arquitetônicas construídas para se celebrar o amor, o Taj Mahal costuma ser o primeiro que nos vem à mente. Considerado uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo, este enorme mausoléu localizado em Agra, na Índia, levou 21 anos para ser concluído, e consumiu a força de 20 mil homens.

O Taj Mahal é uma homenagem do imperador Shah Jahan à sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem ele chamava de Mumtaz Mahal (a jóia do palácio). Aryumand morreu após dar à luz ao 14º filho do casal, e o enorme mausoléu em mármore branco foi construído sobre o seu túmulo.

Mas, como todo mundo sabe, o amor nos inspira a fazer grandes gestos, alguns deles em forma de incríveis obras arquitetônicas, muito além do Taj Mahal. Aqui estão algumas delas:

1. Boldt Castle, Nova York, Estados Unidos

Lá pelos idos de 1900, George Boldt, então proprietário do hotel Waldorf-Astoria, contratou 300 trabalhadores para construírem um castelo de 120 quartos na chamada Heart Island, baía de Alexandria. A obra era um presente para sua esposa, Louise, e deveria ter o melhor do melhor.

Louise, entretanto, morreu em 1904, fazendo com que George ordenasse que a construção fosse suspensa. A construção ficou abandonada por 73 anos, até que em 1977 a Thousand Islands Bridge Authority comprou o lugar e, usando fundos conseguidos com a visitação pública, restaurou o prédio.

2. Dobroyd Castle, Todmorden, Inglaterra

Filho de um rico proprietário de moinho, John Fielden se apaixonou por Ruth Stansfield. Pertecentes a diferentes classes sociais – ela era uma trabalhadora -, Fielden propôs casamento. Ruth aceitou, mas com uma condição: que ele construísse um castelo para ela.

Apaixonado, ele aceitou a condição e os dois se casaram em 1857. Em 1866, Fielden contratou o arquiteto John Gibson para o projeto do castelo, que previa 66 quartos, estábulos para 17 cavalos e o monograma JFR espalhado pela construção.

O castelo ficou pronto, mas o casal não teve lá um final feliz. Ruth foi mandada pelo marido para estudar na Suíça, mas mesmo depois de seu retorno o casamento já não era a mesma coisa. Ela morreu em 1877, completamente alienada pelo marido, que em seguida se casou com outra mulher.

3. Ninho de Andorinha, Criméia, Ucrânia

À beira de um precipício, o antes chamado Castelo do Amor foi construído todo em madeira, em 1895. É incerto, entretanto, se ele foi erguido para celebrar o amor por uma mulher, um país ou apenas para abrigar amantes. Fato é que A.K. Tobin, médico da realeza, se tornou o segundo proprietário do lugar, e o deu de presente à esposa.

Em 1903, ela vendeu o Castelo do Amor, que mudou de dono diversas vezes até 1911, quando o Barão von Steinhel, da Alemanha, comprou o lugar e demoliu a estrutura de madeira, erguendo ali um castelo de pedra no estilo neo-gótico. O mais louco é que esse castelo já sobreviveu até a um terremoto, em 1927, e desde os anos 1970 abriga um romântico restaurante italiano.

4. Templo Kodai-Ji, Kioto, Japão

Construído em 1606 e oficialmente chamado de Templo Kodaiji-jushozenji, esta obra arquitetônica foi criada por uma mulher. Kita-no-Mandokoro mandou erguer a estrutura em homenagem ao marido, Toyotomi Hideyoshi, que morreu em 1598.

Kita-no-Mandokoro tornou-se sacerdotisa do templo, mudando seu nome para Kodaiin Kogetsuni. Ela continuou morando no Kodai-Ji até sua morte, em 1624.

Hoje, o templo consiste em um jardim ornamental, planejado pelo paisagista Kobori Enshū, o prédio principal, que teve de ser reconstruído em 1912, após um incêdio, e o Otama-ya, um santuário dedicado ao casal Kita-no-Mandokoro e Toyotomi Hideyoshi, que foram sepultados na área do templo.