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Com uma pegada de Victor Frankenstein, cientistas do Virginia Institute of Marine Science tiveram uma ideia que pode soar maluca para muita gente, mas que promete ajudar a proteger a vida marinha na região de Chesapeake Bay, na costa leste dos Estados Unidos. Sãos as Frankenturtles, carcaças de tartarugas que são transformadas em uma espécie de ciborgues-zumbis. Como?

Aproveitando os corpos de duas tartarugas mortas encontrados na praia, os cientistas removeram os órgãos internos dos animais e preencheram seu interior com isopor, para fazer com que eles flutuassem. Desta forma, eles conseguiram replicar a capacidade de sustentação de uma tartaruga que acabou de morrer, cheia dos gases dos tecidos em decomposição.

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A Frankenturtle conta com um aparelho de GPS e, depois de ser colocada de volta nas águas de Chesapeake Bay, os cientistas esperam detectar um padrão no movimento das correntes que carregam as tartarugas mortas. Este modelo, ao ser estudado do fim para o começo pode ajudar os pesquisadores a descobrir onde as tartarugas morreram e o que poderia ter ocasionado suas mortes.

Apesar de parecer meio estranho – e até nojento para algumas pessoas – as Frankenturtles têm um grande potencial para ajudar a responder diversas questões que poderão salvar as vidas de outras tartarugas, uma vez que o número de mortes na região é cada vez maior.