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Você já se perguntou se a gente espirra enquanto dorme? Pois é, muitos cientistas também. O problema é que a resposta não é tão simples assim.

O espirro nada mais é do que uma espécie de reflexo, uma resposta que nosso corpo dá a estimulantes externos que conseguem atravessar os pelos do nosso nariz até alcançar as sensíveis membranas mucosas que revestem a passagem nasal. É claro que também tem aquele tipo de espirro causado pela claridade ou luz do sol, mas isso é um assunto para outro texto.

As terminações nervosas nas membranas mucosas enviam sinais ao cérebro, alertando a presença de invasores. O cérebro, por sua vez, responde enviando comandos para os músculos da face, garganta e peito expulsem os invasores por meio do ar expelido pelo nariz e boca. Pronto, com isso você tem um espirro completo. Ou vários, se o seu cérebro for mais bélico e convocar um ataque.

Então vamos à primeira parte da resposta: biologicamente falando, somos mais propensos a espirrar enquanto dormimos, já que as membranas mucosas incham quando nos deitamos. Só que como não há muito fluxo de ar ou movimento que ajudem a varrer os tais invasores para nossas narinas enquanto estamos dormindo, nossas as membranas também acabam não entrando em contato com estes agentes estimulantes, como acontece quando estamos acordados.

Mas, como o corpo humano é uma máquina extraordinária, é claro que ele tem um pequeno truque para garantir nosso sono, mesmo com as chances reduzidas de espirrarmos enquanto dormimos.

Chamada de atonia REM, este estado é uma espécie de desligamento geral causado pela liberação de certos neurotransmissores durante o sono, que impede que os neurônios motores não sejam estimulados e os sinais de reflexos não sejam enviados ao cérebro.

Mesmo se o seu gato ou cão aparecesse para esfregar seu rabo no seu nariz, dificilmente isso faria você espirrar enquanto estivesse dormindo, exatamente por conta da atonia REM.

Isso não quer dizer, entretanto, que seria impossível você acordar espirrando. Afinal, cada corpo pode ter uma resposta individual a determinados agentes externos, especialmente no caso de alergias.