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Responda rápido: o que mais chama a sua atenção, uma notícia sobre algo relevante, porém tratado de um jeito chato, ou uma manchete que envolva poder, sexo, desastre e pessoas famosas do jeito mais chamativo possível?

Não se envergonhe se você optou pela segunda alternativa. Na verdade, somos programados para pensar desta maneira pela mídia, que nos excita diariamente e de forma desnecessária com manchetes friamente calculadas para cumprir um único objetivo: vender, vender, vender.

Basicamente, funciona como o vício em drogas ou comidas cheias de açúcar e gordura: parece gostoso, mas na verdade faz mal. Isso porque a mídia não está lá muito preocupada em tornar o mundo melhor, afinal, os escândalos são muito mais atraentes aos olhos do público.

Outro problema é que nada é uma prioridade a longo prazo para a mídia, já que os assuntos de interesse mudam o tempo inteiro.

E se pinta um assunto importante, que coincide com o que vende, o tratamento é o pior possível. Insetos, vírus e explosões alimentam nossos medos e ansiedade, em vez de nos acalmar e nos ajudar a refletir de forma equilibrada.

No tribunal da mídia, nos tornamos acusadores, juízes e executores de pessoas famosas, só porque parece legal. De repente, temos a impressão de que bastou ser famoso para fazer merda, quando na verdade há pessoas que são famosas por outras razões que não aquelas que estão nos jornais. Onde estão elas? Ah, elas não chamam a atenção.

Se existe um antídoto contra isso? Você. É você quem decide as notícias que acessa. Se você não tem interesse por conteúdo supérfluo, basta ignorá-lo. Parece simples. Será que você consegue?